Não sei falar sobre a Solidão,
Embora escreva. Prefiro
Celebrá-la, como um índio
Ou como uma criança
Que brinca sozinha
Em algum canto da escola.
Escrevi essas palavras em uma folha secretamente anexada a uma reescrita de Redação. A professora havia requerido uma dissertação sobre a Solidão. Muito me afligiria se ela me considerasse presunçoso pelo bilhete. De modo algum! Não quis com esta estrofe criticar o método de escrita dissertativo, expor minha (duvidosa) intelectualidade, ou qualquer coisa do tipo. Quis apenas dedicar-lhe, em um curto bilhete, uma ideia que me veio; e me deleitaria, ó Deus, se pudesse ouvir de sua boca, na aula seguinte, não mais que esta simples frase:
"Escolheste as palavras certas".
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