14 de fevereiro de 2014

Amarelo deserto



AMARELO DESERTO

Assim que o dia aconteceu
Lá no alto dos abandonados,
Dava pra ver o tempo ruim
No firmamento resoluto.
Assim começam os dias
De trabalho, de
Sacrifício
Deste povo sem nome, sem
posse.

Enfim,
De todos que há na serra
Laboriosa dos abandonados,
Não há ninguém em lugar algum
Que poderia esquecer-se
Do sorriso quente ou do choro
Coagido da
Menininha dos
Costa e Silva.

Amarelo deserto
Eram seus cachos
Doridos, dourados...
Vida que vai na cela do desemprego,
Da miséria e do
Descaso.
E eu esqueço
Ao julgar
Que quem ama
Não come.

Vem me fazer e diz, porque me engano
Tu que te vai nos confins
Do contrabando:
A quem devemos culpar
Pelo desamor?
E não sabes voltar,
E o tempo

Passou...

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